domingo, 26 de setembro de 2010

DO BOM O MELHOR



DO BOM O MELHOR

Deu a FAVAIOS, DEUS o dom
Para produzir vinho tão bom.
Vinho de inigualável sabor
Cultivado por gentes de valor.

Saborosos moscatéis tem FAVAIOS
Seus doces odores não confundo
Amigos, vos recomendo, saboreai-os
Os melhores néctares do mundo.

FAVAIOS, do moscatel é capital
Todo o mundo sabe e diz
Nas descobertas deste PORTUGAL
FAVAIOS? Porque não, CAPITAL do PAÍS.

Conhecido na CHINA e JAPÃO,
Adorado na INGLATERRA e AUSTRÁLIA,
Saboreado no BRASIL de Maranhão.
Fruto desta terra PORTUGALIA.

Copia tantos procuram fazer
Impossível, sem tuas uvas ter.
Moscatel de doirado afamado
Doce, vinho fino ou tratado
És FAVAIOS por tantos invejado.

Luzern.23.09.2010

GRÁVIDA


GRÀVIDA

Sim minha querida
Grávida de poesia
Porque a mim te destes
E á minha seiva poética.
Dentro de ti recolhida
Pontuação se esquecia
A respiração parava
E meus versos tivestes
Nessa dita benéfica
Que em ti se concentrava.
Em contínuo te poetizando
As palavras adoçando
Para te engravidar,
Sentia dentro de ti o pulsar
Ai destas letras ficas prenha.
Baila a poesia em teu peito
Também em teu olhar,
Que a luz do dia então venha
Traga nosso lindo feito
Para o mundo encantar.
Pois se á minha poesia
Acrescentado valor lhe deste
Encrostando simples alegria
A qual lhe complementou
Toda a sentida simpatia.
Espero agora que chegue o dia
Da mãe mulher, grávida de poesia
Que grávida se encontrou,
Não deste poeta sonhador
Mas somente destes versos que escrevia
Olhando-te ó linda flor.
A que mais bela sobressaía
Neste jardim de ternuras,
De palavras simplicidade
As quais se complementam
Umas as outras seguindo,
Nenhuma delas se distraindo
Do tal amor que o sendo vai.
Procurando ser só maduras
Na esperança e ansiedade
Saboreando tu seu encanto,
Seus perfumes em ti recolhidos
Com acarinhadas loucuras
Em teu ventre guardados
Os sonhos poéticos sonhados.
Sejam de ti agora versos nascidos
Dando-me o lugar de pai
Me fazes sonhar também
E o mundo ansiando vai
Da poesia conhecer a mãe.

Luzern.12.09.2010.
nota do autor: poesia minha ( versus em ti) BALBINA.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RIO DOURO de ENCANTO e PRANTO





RIO DOURO de PRANTO e ENCANTO

Meu rio Douro
Douro de paisagens beleza
Maravilha da natureza
Admirável tesouro.
Encostas escarpadas, agrestes
Entre as quais te impusestes,
Nesse leito estrangulado
Onde tantas amarguras soltas
Contra rochedos as tuas revoltas.
Correndo demais apressado
Em tuas destemidas guerras,
Separas tantas serras
Serpenteias rochedos,
Contigo arrastas as terras
Semeando tantos medos,
Reais, submergindo penedos.
Os limas com tua loucura
Por tuas aguas se encobrindo
Em teu leito demais inconstante.
Sentes o Rabelo navegante,
Pões á prova sua bravura
E tantos deles vais destruindo
Nas tuas quantas cachoeiras
De aguas revoltas, apressadas e matreiras
Descendentes as queres navegadas,
Sulcadas pelos barcos Rabelos.
Tornados em teu leito destemidos
Tantos em destroços, quiseste vê-los,
Por ti brutalmente partidos
Em traiçoeiras gargantas engolidos ,
Nesse teu ventre escondidos.
Alguns a muito custo
Após horrendo susto
Á sua partida regressam.
Em tuas correntes renegadas
Sendo a humanos braços puxados
Ou pelas juntas de bois valentes,
Venceram as tuas maldades constantes.
E porque destemidos os sentiste
Quantos Rabelos destruíste?
A famílias inteiras ofereces-te a desgraça
Pela tua quase indomável raça.
Procurando honrar os seus
Pelos enlutados feitos teus,
Incrustou em teus rochedos
Tantas orações e capelinhas,
Dando a conhecer alguns segredos
Que em sinuoso leito mantinhas
Com os quais devoras-te tanta gente
Desde nascente até jusante.

Espraias-te já na foz

Transportas lágrimas de nós
E dás-te ao mar,
Douro difícil de domar.
Viestes tu correndo apressado
Em teu leito apertado
Entre os mais íngremes rochedos.
E qual humano se lembrou
De nesses penedos agrestes
Em que para ti olhando
Arduamente incrustou
Sua vida em pinturas rupestres,
Para em ti serem guardadas
Por entre tuas aguas que correm apressadas.
Chamamos-lhe de homem rude
O qual te reconheceu, Douro de virtude.

Dos teus penedos em saltos loucos
Domado foste aos poucos
Pelo homem Duriense,
O qual em íngremes encostas
Entre penedos talhados
Sua vida em retalhos
E já curvado das costas.

Mas a ti rio a quem ele pertence
Transformou teus arrogantes bramidos
Nos mais ternos gemidos
Cortados da voz, agora roucos
Procura domar-te aos poucos.
Outrora de gritos medonhos
Tens ainda em ti alcoólicos medronhos
Que neste Douro de real agreste
O teu rude ser tanto impuseste.

Cansado de saber em ti tantas cruzes
Foi-te impondo barragens,
Ofertando-te perfumadas aragens
De azevinhos, mais videiras e urzes.
Para que as possas saborear,
Alargou-te as margens
Para teu poder acalmar.
Deitou-te em albufeiras quais, aquáticos lençóis,
Agora em ti docemente a navegar,
Deitado em ti contempla os sete sois,
As estrelas, a lua e o luar.
Douro e Duriense querendo-se entender,
Procurem outros os compreender.
Mas sabe-se do Duriense a chorar
Porque este Douro lágrimas teima transportar.
Douro acarinha as Durienses ideias
Esquece as tuas, tão arrogantes
Não queiras os humanos de ti distantes
Temendo as tuas arrojadas cheias
Nesse sentido teu, indomável ser
Que humanos tantos levas a padecer
Deixa calmamente em ti ir navegando
E tuas paisagens admirando
Desses socalcos em ti incrustados
Pelo Duriense e seus pecados
Nas sentidas forças tuas indomáveis
Tantas videiras, simplesmente incontáveis
As quais em amarguras sentidas
Perante ti se curvam já contorcidas
Ouvindo murmúrios de tuas aguas, cantigas
E perante o sol se sentem perdidas
Criando uvas, enaltecendo suas alegres fadigas.
Néctar que brota dessas escarpadas encostas o qual glorificas
Em rabelos percorrem teu leito, vinho que de PORTO notificas
Em tuas íngremes encostas nidificam
Raras aves, em extinção
As quais simplesmente personificam
Por natureza a tua agreste razão
Douro de encanto rude
Douro de enorme virtude
Destemido rio, atroz
Qual animal feroz
Pelo Duriense quase domado
RIO DOURO de real encantado
RIO DOURO BELEZA da NATUREZA
Tem o mundo razão de pranto
Se desconhece o teu encanto
Luzern. 26.08.2010.

MINHA LINDA e ÚNICA… CHÃ




MINHA LINDA e ÚNICA… CHÃ

Neste planalto encontrado
De refrescante altitude
Onde floresce aragem sã.
No mesmo sol radiante
Fulgor de tantas sensações
Gentes de belas emoções
De alegria contagiante.
Nesta linda terra CHÃ
De carinhosa virtude
Meu planalto encantado.

Tens em ti o sol mais perto
A um passo fica o luar
E o universo estrelado.
De nevoeiros esquecido
Com alongados horizontes
Maravilhas tens que sobrem.
Paleolíticas se descobrem
Presenteadas na Botelhinha,
Admirada mais que certa
Anta ou Dólmen da Fonte Coberta,
Regalo da vista minha
Tua envolvente fineza
Lindo planalto por natureza,
Provinciano de Trás-os-Montes.
Em suaves brisas envolvido
Arco íris docemente pintado
Teus puros ares respirar
Enchendo meu peito, aberto.

Ornamenta-te um gelado sinsélo
Que embute em ti ,o belo
E oferta ás tuas simples gentes
Acolhedoras e hospitaleiras
Desde madrugadora manhã,
Reencontrado pela tardinha
E noite adentro se prolongando
Mesmo pouco seu pão, partilhando
E o amor que em seu peito tinha.
Entregando de mente sã
Nas mais carinhosas maneiras
As quais não vês, mas sentes
Deste seu ser realmente singelo.
O qual torna o mundo mais belo
Este planalto de gente simplesmente sã
De minha nascença, linda terra… CHÃ
Luzern .2.09 2010.
nota do autor:
com toda a justiça como poderia esquecer
a linda terra que me viu nascer.

domingo, 19 de setembro de 2010

Num dia de Vindima no meu Douro.


NUM DIA DE VINDIMA NO MEU DOURO

Me diz o calendário; ser (OUTUBRO)
E já o dia teima em amanhecer
Neste negro manto me encubro
Deste céu o seu continuo escurecer.

Oiço dos cães, o latir
Na calçada tamancos apressados
No silêncio da noite se fazem ouvir
Sem por mim serem convidados.

Qual rude caminhar desajeitado
Pela atrasada luz do dia
Quem tão apressado andaria?
Passaria a noite acordado?

Na loja da velha jumenta
Em trémula mão, candeia acesa
A albarda em cima lhe assenta
_Ruma p´rá quinta com certeza.

No mesmo apressado caminhar
Vai a passo, ora anda, ora troteia
Da escuridão nada receia
Antes do sol nascer espera á quinta chegar.

Em seu dorso carrega o patrão
Apressado, com toda a razão
O qual cedo quer chegar a vinha
Para inicio dar a vindima.

Homens, mulheres e tanta criança
Nesta escuridão caminham ainda adormecidos
Na luz madrugadora da esperança
Vê-se o patrão desta roga envaidecido.

Sente-se deste encanto o tamanho
Entrando na vinha emparceiradas
Abandonado, quase chorando o cardanho
E as primeiras videiras despojadas.

(CESTA CHEIA…) Gritam as alegres vindimadeiras.
Em resposta velozes a tal chamêgo,
Correndo como se fosse em brincadeiras
O qual procura chegar mais cedo.

Despeja cesta no vindimeiro
Querendo que seja seu o primeiro
A cheio de uvas se mostrar
Apressado a caminho p´ró lagar.

No corte vão igualando abelhas meleiras
Estas demais alegres vindimadeiras,
Curvam-se ao sabor das cantigas
Deixando as videiras despidas.

Chegou agora mesmo a criada
Vem pela patroa acompanhada
São já nove horas do dia
Retemperar forças; já se merecia.

Parem um pouco o trabalho e a cantoria,
Aproveitem a pausa do momento
Antes que fique ela fria,
Já cozinhada foi a algum tempo .

Mais uvas cortam até mei´dia
Sempre em alegre cantoria
Pedindo vão; (não venha a chover)
E continuam a cestas encher.
.
Depois do mei’dia e de almoçar
Continuando sempre a uvas cortar
Alegremente sempre a cantar
Procuram o cansaço e a noite afugentar.



Aprontam-se os homens p´ra nova caminhada
Buscam de novo os cestos de uvas cheios
Beijam o (pipo) fica a garganta regada
Toca a concertina ,cantam vozes roucas, sem receios.

Mais parece alegre romaria
Carregam cestos como santos andores
Igualando carinhos dos amores
Que na lagarada com ternura pisaria.

Á noite já de barriga cheia
Após comida a ceia
Procuram o cardanho alegrar
E ao som da concertina bailar.

Uns pisando as uvas no lagar
Vinho mosto e alegria
A bailar e a cantar
Nesta real duriense romaria.

Mostra-se o caseiro vaidoso
Deste mosto realmente gostoso
Que estas uvas doiradas deram
As quais tantas alegrias trouxeram.

Poda fez, também muito cavou
De trabalho algum se esqueceu
Com lágrimas, enxofrou e sulfatou
Rica e boa novidade, orgulho seu.

Carinhos deu aos vinhedos
Orgulhoso, agora pode sorrir
De suas videiras conhece os segredos
Doces uvas lhes sabe pedir.

Mostra-se o patrão realmente vaidoso
Das uvas colhidas em sua quinta,
Vinho do PORTO, doce GENEROSO
A boca do mundo, apetecível o sinta.

Oiço de novo os cães a latir
Sempre neste duriense chão, molhado
Onde este frio inverno se faz sentir
Nota-se a ausência da roga e do rogador
O cardanho agora simplesmente despovoado
O GENEROSO vai apurando seu inconfundível sabor.
Em tonéis dormindo em suas doçuras embalado. Luzern.03.09.2010.

nota do autor:
vindimas ou outras colheitas
sempre foram orgulhosas festas
entre trabalhadores e patrões
alegrias e suas colhidas razões.

MINHA TELA


Pintar, quero uma flor
Simples sonho, talvez
Sonhar, com o amor
Mesmo, numa só vez
Apurando meu jeito
No lindo quadro pintado
Por minha sensatez
Misturando tanta cor,
Agora na parede dependurado
Coração florido, encaixilhado
Esse teu que eu sonhei
Ao qual pressenti tua dor
Eis que sonhando pintei,
Visto lindo, quadro de amor.
No mesmo em que sobressai lustrosa ternura
Dizem, ser encantadora pintura
De mim, simples sonhador.
Mostra esta tela muito amor
Dum coração em flor,
Olhos doces, brilho afável
Vincado, sorriso amável.
Quem deste quadro foi o pintor?
-Talvez algum sonhador
Desconhecido autor!!!!

Luzern. 19.09.2010.

SONHAR

Sonhar, sempre seja maravilhoso
Do ontem do amanhã ou no sempre.
Ter sonhos, ser deles orgulhoso
Em sonhos lindos, vivê-los contente.
Sonhar com belas e perfumadas flores,
Ter doces sonhos de loucos amores,
Sonhos de beijos em ternura embutidos.
Sonhos tantos doces, outros sofridos
Muitos sonhados o são de encantar.
Não quero em sonhos me retrair
Sonhos quero ter e sonhos sentir

Luzern.01.09.2010.

PENSE

Por tanto pensar,
Dei comigo pensando
Que não querendo pensar
Continuava assim pensando.
Enquanto pensava.
Pensando estava,
E então pensei.
Pensando que pensei.

Luzern.01.09.2010